Educação

Aulas remotas reforça a necessidade de cuidados com a saúde mental infantil

Apesar da chegada da vacina em solo baiano e da esperança de que em poucos meses uma série de atividades econômicas sejam retomadas, a expectativa de volta às aulas remotas preocupa muitos pais. Isso porque a rotina das crianças continua impactada pelo isolamento social. 

Pesquisas na Bahia ainda estão em andamento, mas com base em sua vivência clínica, a psicóloga da Holiste, Alice Munguba, alerta que a falta de socialização das crianças, especialmente na primeira infância, pode acarretar graves problemas futuros. 

Nesse período de pandemia da COVID-19, muitas crianças nasceram ou eram bebês ainda em 2020, o que, para a especialista, é um quadro preocupante. “Essas crianças estranham pessoas sem máscara na rua; não conhecem outras crianças, muitas vezes; convivem quase 90% com adultos; não andam em espaços abertos; podemos ter sequelas futuras da falta de socialização”, explica a psicóloga.  

De acordo com estudos, pesquisadores da Universidade de Cambridge descobriram que o lockdown no Reino Unido foi responsável por danos significativos à saúde mental das crianças. Os dados foram publicados em dezembro de 2020, no Archives of Disease in Childhood, e apontam que houve o aumento de sintomas da depressão. 

De acordo com Alice, um dos sinais mais evidentes do isolamento social no público infantil é o aumento de peso, seja pelo sedentarismo ou pelo consumo maior de alimentos em função da ansiedade. “As crianças estão comendo mais, estão brincando menos, apresentam uma tristeza maior, irritação, raiva. Os pais devem estar atentos a este tipo de comportamento e podem começar a proporcionar outras atividades e, em caso de  recorrência de sinais, buscar acompanhamento de um especialista”, orienta.  

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