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Construções sustentáveis: as práticas da sustentabilidade na construção civil

Seguindo a tendência de outras áreas, a engenharia aposta no uso de materiais ecológicos e sustentáveis para a construção

A construção sustentável é uma das inúmeras práticas e tentativas de incorporar a sustentabilidade na área da engenharia, visando tornar a ação e existência humana menos lesiva ao meio ambiente. 

Quando se trata de sustentabilidade, o Brasil se encontra na vanguarda do assunto, com pesquisas, institutos, desenvolvimento de técnicas e de novos materiais menos nocivos ao meio ambiente. Na engenharia, o emprego de técnicas de construção mais econômicas e uso de materiais ecológicos se tornam tendência nesse quesito.

O que é uma construção sustentável?

O conceito da construção sustentável gira em torno da ideia de efetuar uma construção de maneira eficiente. No caso, a sustentabilidade dessas construções pode incluir uso e instalação de energia limpa, baixo consumo de água e uso de materiais ecológicos. Esses materiais são considerados sustentáveis por não impactarem no meio ambiente, seja na sua produção quanto no eventual descarte no futuro. 

A construção sustentável na prática

Muitas técnicas e conceitos diferentes podem ser utilizados na construção sustentável. Um exemplo muito simples e fácil de implementar é a utilização de iluminação natural. Ao projetar uma casa, o arquiteto pode optar pelo uso de janelas maiores, claraboias e espaços abertos para aproveitar melhor a incidência do sol, reduzindo o consumo de energia elétrica da casa.

Outro grande desenvolvimento no setor de materiais sustentáveis é visto nas telhas ecológicas — essas telhas substituem as tradicionais, feitas de cerâmica. Esse novo tipo de telha é feito a partir de material reciclado ou de fibras naturais, o que reduz o impacto da produção de cerâmica no meio ambiente, especialmente devido à alta emissão de CO₂ na atmosfera pela queima da material. 

Ainda sobre os telhados, também existem novos tipos de painéis solares feitos no mesmo formato das telhas. Dessa forma, o telhado do imóvel se torna, também, uma fonte de energia limpa e renovável, além de gerar economia na conta de luz, por exemplo. 

O mercado de tintas também evoluiu muito nos últimos anos no quesito sustentabilidade. Cada vez mais surgem novas marcas e tipos de tintas que são mais econômicas, ou seja, possuem maior cobertura, e que não contêm substâncias tóxicas em sua composição. No caso, muitas tintas hoje ainda possuem compostos derivados do petróleo e até mesmo resquícios de chumbo — que é extremamente tóxico e nocivo para a natureza.

Outro avanço está no uso de cimento ecológico, que é bem conhecido para estudantes e graduados na faculdade de engenharia civil. Esse tipo de cimento foi desenvolvido utilizando resíduos provenientes das empresas siderúrgicas em sua composição, o que confere maior resistência e impermeabilidade ao material.

No entanto, o mercado apresentou muita resistência ao uso do cimento ecológico, que chegou ao Brasil ainda na década de 1950. Foi apenas nos últimos anos que o cimento CPIII, como também é conhecido no meio profissional, ganhou notoriedade pelo seu potencial de reciclagem de resíduos da indústria siderúrgica e de redução do impacto ambiental.

Por fim, não pode ser deixado de lado o tijolo ecológico, que utiliza cimento e terra na sua composição. Esse tipo dispensa o uso de fornos para a sua cozedura, eliminando a liberação de gases do efeito estufa na atmosfera e reduzindo o consumo de carvão e lenha da indústria. Além disso, o tijolo ecológico utiliza menos argamassa na construção de uma parede, o que reduz custos de consumo de água e tempo na etapa da construção do imóvel.

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