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Creatina para não-atletas: saiba quais os principais benefícios da incorporação da substância à dieta

Estudos apontam que o uso do suplemento pode ter impacto positivo na saúde do corpo, independentemente da prática de atividades físicas

Os benefícios da creatina são amplamente conhecidos por pessoas que praticam atividades físicas, sejam atletas profissionais ou pessoas que se exercitam para uma melhor saúde e qualidade de vida. Essa substância costuma ser associada à recuperação dos músculos e ganho de massa muscular, mas também pode fornecer energia e atuar na atividade cerebral, trazendo um leque de vantagens além do óbvio desempenho esportivo.

O que é creatina?

Creatina é o nome dado à substância composta de três aminoácidos, sendo eles glicina, metionina e arginina. Em conjunto, esses elementos fornecem uma grande quantidade de energia para o corpo humano, sobretudo para os músculos e o cérebro, que possuem um consumo energético alto, devido à intensidade de suas atividades. 

Onde ela pode ser encontrada?

Essa substância é produzida naturalmente pelo corpo, principalmente no fígado. No entanto, a produção diária de um adulto saudável costuma ser de apenas 1 grama por dia, enquanto a quantidade ideal apontada por especialistas para suprir a demanda do corpo é de 3 a 5 gramas diários. 

Através da alimentação, ela pode ser encontrada principalmente nas proteínas de origem animal, como carne bovina e peixes. Entretanto, o uso de suplementos também pode ser uma forma de incorporar a substância no organismo.

Geralmente, o suplemento da creatina pode ser encontrado no mercado tanto em pó quanto em cápsulas. A ingestão da creatina de maneira isolada costuma ser de fácil absorção, ajudando a aumentar a reserva do elemento no corpo. Dessa forma, a distribuição e o consumo da creatina é otimizada em todo o corpo, não havendo concentração da substância em alguns sistemas e déficit em outros.

Quais são as vantagens da creatina?

Fortalecimento dos músculos

Essa característica é relevante não somente para pessoas que praticam musculação e outras atividades físicas. No caso, ela também é importante para idosos e para pessoas que passaram por um período de internação ou um evento que gerou enfraquecimento muscular.

No caso, tanto idosos quanto pessoas internadas por muito tempo podem desenvolver a sarcopenia. Essa é uma doença que tem como característica a redução da força e da massa muscular. Com a suplementação de creatina, é possível contribuir para uma recuperação muscular mais rápida, fortalecendo os músculos para a realização de atividades cotidianas. 

Maior energia

Em um estudo publicado na National Library of Medicine, periódico ligado ao governo norte-americano, concluiu-se que a creatina atua renovando a adenosina trifosfato (ATP) no corpo. A molécula de ATP é a principal fonte de energia utilizada nas atividades celulares. Sendo assim, a creatina também é capaz de fornecer mais energia para o corpo, o que ajuda na execução tanto de atividades do dia a dia quanto exercícios físicos.  

Saúde cerebral

O cérebro é um dos órgãos mais importantes do corpo e está em constante atividade, necessitando de uma quantidade elevada de energia. Com o aumento da reserva de creatina no corpo, a atividade cerebral é beneficiada de diversas formas. Existem estudos variados acerca do tema, cada um avaliando um impacto diferente no sistema nervoso central.

Um estudo publicado no portal MDPI, da Suíça, realizado com o apoio de diversas instituições internacionais — inclusive da faculdade de medicina da USP —, descobriu que a creatina pode atuar no tratamento de concussões ou lesões cerebrais. Nesse mesmo estudo, também observou-se a capacidade da substância de melhorar funções cognitivas e atenuar doenças degenerativas, com resultados promissores, mas menos consistentes.

Quais são os tipos de creatina?

No mercado, existe uma grande variedade de suplementos da substância. Alguns dos principais tipos de creatina são:

Monohidratada: é a forma mais comum e mais estudada por especialistas. Nesse tipo, a substância é grudada a uma molécula de água, sendo facilmente absorvida pelo corpo.

Hidroclorizada: a creatina é grudada a uma molécula de ácido clorídrico. A sua ideia é de melhorar a solubilidade e a absorção pelo corpo, e pode ser mais eficaz que a monohidratada, podendo ser consumida em menores quantidades.

Micronizada: é semelhante à creatina monohidratada, porém, em partículas ainda menores, sendo absorvida ainda mais rapidamente.

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