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Dicas para quem começou ou vai começar a empreender na pandemia

Mensurar custos fixos e avaliar projeções do mercado são estratégias essenciais para novos empreendimentos.

Começar um negócio durante a pandemia tem se provado um desafio para empreendedores de todo país. Mesmo diante da taxa de 10 milhões de pequenas empresas que interromperam suas atividades temporariamente, segundo pesquisa do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (SEBRAE), há empreendedores que viram na crise, a oportunidade de crescer financeiramente.

Esse é o caso de Andrey do Nascimento Cerqueira, 21, e Amanda Rodrigues da Silva, de 18 anos. Juntos há mais de 3 anos, a ideia para um negócio só veio surgir em 16 de maio; aproximadamente 2 meses após decretada a situação de pandemia global pela Organização Mundial da Saúde (OMS).

Sócios do “Pão da Casa CBX”, Amanda prepara a massa, recheio e leva o pão artesanal ao forno, enquanto Andrey é responsável por ir de bicicleta fazer as entregas na região da Cidade Baixa, em Salvador — Ribeira, Massaranduba, Bonfim, Caminho de Areia e adjacências. Amanda conta que o estágio anterior não supria as demandas financeiras da casa que divide com o namorado, o que há levou planejar um negócio inovador para a região; entretanto, dificuldades como gastos imprevistos no orçamento (transporte e produtos em falta no estoque) acabaram surgindo.

Auxiliando empreendedores de primeira viagem a planejar estrategicamente um negócio, o administrador e consultor de empresas, Alex Cruz, listou três dicas fundamentais para quem está começando: mensurar custos fixos, avaliar a projeção do mercado na pós-pandemia e pensar nas oportunidades e ameaças para o futuro.

“Para começar um negócio, é necessário que você avalie se vai ter uma estrutura fixa ou não, e assim projetar as despesas. Se o seu negócio vai depender de aluguel, pessoal e outras variáveis, você precisa reunir os principais custos fixos que terá em um mês e projetá-los por pelo menos 1 ano. Dessa forma, o empreendedor irá saber o mínimo de caixa que é preciso ter para começar um negócio, anulando a dependência do faturamento nos primeiros meses”, explica.

Para serviços que possuem baixo custo fixo (sem gastos com entregador, aluguel ou taxas de aplicativo), Alex orienta anotar os investimentos que precisará fazer à curto e longo prazo, montando uma estrutura financeira para não se surpreender com despesas mal planejadas.

Segundo o consultor empresarial, outra estratégia para empreendedores, sobretudo os que ainda pretendem começar, é analisar as projeções do mercado para cada segmento.

“Existem segmentos que caíram e cresceram com a pandemia. O empreendedor deve pensar no mercado durante e após a crise, sempre se fazendo um questionamento: a previsão do ramo que estou inserido é de crescimento ou queda? Esse exercício irá nortear bons setores para serem investidos, além de determinar em qual período meu comércio terá mais lucro ou menos compradores”, analisa.

Pensar em oportunidades e ameaças é outro legado que ficou para empreendedores que surgiram na crise. Para não ficar refém de novas instabilidades no mercado, Alex sugere diversificar canais de venda, estruturas de distribuição, fornecedores, serviços e produtos; dicas adotadas com sucesso pelos sócios do “Pão da Casa CBX”. O casal de empreendedores já conseguiu ampliar os canais de venda — com a admissão no IFood — e contrataram novas formas de distribuição, com motoboys responsáveis pelo delivery dos pães, expandindo a clientela em todos os bairros da capital.

Para conhecer mais dicas sobre gestão empresarial e financeira, acesse consultoriacruz.com.br ou a página do Instagram @cruzconsultoria.

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