A CPI da Pandemia ouviu nesta quinta-feira (15) o representante oficial da Davati Medical Supply no Brasil, Cristiano Carvalho, na condição de testemunha. O empresário foi questionado acerca do suposto caso de propina envolvendo a compra de vacinas AstraZeneca contra a Covid-19.
Durante o depoimento, Carvalho afirmou que foi alertado pelo policial militar Luiz Paulo Dominghetti sobre um pedido de “comissionamento” na compra dos imunizantes da farmacêutica inglesa.
Segundo o representante da Davati, ele não estava no momento em que a propina foi solicitada, mas ressaltou que foi informado que a proposta partiu do “grupo do Blanco”. Carvalho se referia a pessoas ligada ao ex-assessor do Ministério da Saúde Coronel Marcelo Blanco.
Ainda de acordo com Carvalho, havia dois grupos atuando no Ministério da Saúde. Um deles era liderado pelo ex-secretário-executivo da pasta Élcio Franco, o outro pelo ex-diretor de Logística Roberto Dias. O coronel Blanco atuava junto ao grupo de Dias.
Cristiano Carvalho ressaltou acreditar que a turma de Franco não sabia o que era tratado pelo grupo de Blanco. Dessa forma, com o objetivo de driblar o “comissionamento”, a Davati procurou Élcio Franco.
Ao fim da sessão, o vice-presidente da CPI, senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), informou que as sessões da comissão ficarão suspensas durante o recesso parlamentar. Os trabalhos, segundo o parlamentar, voltam no dia 3 de agosto, uma terça-feira.
Fonte: CNN Brasil