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Celebrando as etnias indígenas, artesanato ancestral é destaque na Feira da Bahia, até domingo (28)

O artesanato ancestral das comunidades Tupinambá, Pataxó Hã-Hã-Hãe, Kariri-Xocó, Kiriri, Pataxó, Tuxá e Kaimbé está em destaque na Feira Artesanato da Bahia – Edição Indígena, que teve início nesta sexta-feira (26) e segue até o domingo (28). Realizado no Museu de Arte Contemporânea da Bahia (MAC_BA), o evento é uma celebração durante o mês dedicado à valorização dos povos originários, permitindo ao público mergulhar na riqueza cultural dessas etnias, com o encontro entre tradição e contemporaneidade, revelando uma essência única.

Durante os três dias de feira, das 16h às 22h, os visitantes terão a oportunidade de conhecer e adquirir, diretamente, produtos feitos por artesãs e artesãos das etnias indígenas da Bahia, que habitam os territórios de identidade Velho Chico, Semi-Árido Nordeste II, Itaparica, Metropolitano de Salvador, Litoral Sul, Costa do Descobrimento e Extremo Sul da Bahia. Esta edição da Feira Artesanato é uma iniciativa da Secretaria do Trabalho, Emprego, Renda e Esporte da Bahia (Setre), por meio da Coordenação de Fomento ao Artesanato (CFA), em parceria com a Associação Fábrica Cultural.

“Investir na valorização e promoção do artesanato das comunidades indígenas preserva nossa cultura e contribui para a geração de renda e o fortalecimento econômico dessas populações”, afirmou o secretário da Setre, Davidson Magalhães.

Da região de Porto Seguro, Marilandia Pataxó destacou a importância da realização de feiras como essa para a comunidade indígena e como o apoio dos órgãos estaduais contribui para a consolidação e continuidade da produção dos artesanatos: “eventos como este não só nos proporcionam visibilidade e oportunidades de vendas, mas, também, fortalecem nossa identidade cultural e incentivam a preservação das técnicas tradicionais, garantindo a perpetuação de nossa arte para as futuras gerações”.

Além de valorizar a habilidade manual dos artesãos, a exposição oferece um mergulho na cultura, tradição e identidade dos povos indígenas da região. Os materiais utilizados incluem desde sementes e fibras naturais até madeiras e argila, resultando em peças que são verdadeiras expressões da riqueza cultural e histórica dessas etnias. O evento conta, ainda, com o apoio da Secretaria de Promoção de Igualdade Racial (Sepromi) e da Secretaria de Cultura (Secult-BA), através do Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural da Bahia (Ipac).

Além das exposições e vendas de produtos artesanais, a feira também apresenta uma programação cultural diversificada. Na sexta-feira (26), às 17h, o palco foi animado pela performance de Akuã Pataxó, enquanto no sábado (27), no mesmo horário, Beatriz Tuxá trará sua arte e cultura ao público presente. Também haverá exibições de vídeos da série “Quem faz?”, com depoimentos dos artesãos, e apresentações de cantos e rituais indígenas ao longo dos dias do evento.

Ângela Guimarães, titular da Secretaria de Promoção da Igualdade Racial do Estado da Bahia (Sepromi), ressaltou a relevância de celebrar as manifestações artísticas e culturais dos povos indígenas da Bahia: “é fundamental reconhecer e honrar a riqueza cultural dos povos originários, promovendo espaços como essa feira para difundir e valorizar suas expressões únicas”.

Documentação

Durante a Feira de Artesanato da Bahia, 100 carteiras de artesão foram entregues, gratuitamente, para as comunidades indígenas. Esses documentos são emitidos após o registro do artesão no Sistema de Informações Cadastrais do Artesanato Brasileiro (Sicab) e aprovadas pela Coordenação Estadual de Fomento ao Artesanato. Os benefícios incluem participação em feiras de artesanato nacionais e internacionais, oficinas e cursos, bem como acesso a incentivos fiscais em alguns estados.

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