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Surfista baiano, Márcio Freire morre nas ondas gigantes de Nazaré

Veterano era considerado uma lenda do surfe e fazia parte do grupo conhecido como "Mad Dogs"

Morreu nesta quinta-feira, 5, o surfista de ondas gigantes Márcio Freire. O baiano de 47 anos sofreu um acidente em um dos “paredões” da praia do Norte, em Nazaré, vila de Portugal. Segundo informações da imprensa local, o corpo será transportado para o Instituto de Medicina Legal de Leiria.

“Lamentavelmente, nenhuma das manobras de suporte de vida teve sucesso, acabando o óbito por ser declarado no local”, disse o comandante da Capitania de Nazaré, Mário Lopes Figueiredo, para a agência “Lusa”.

Segundo a imprensa de Portugal, esta foi a primeira morte de um surfista registrada no local. Após o acidente, Márcio foi resgatado da praia em um jet ski, mas já estava em parada cardiorrespiratória.

“Ele já tinha vindo umas duas vezes para pegar na remada. O mar estava ‘pequeno’, não tinha nem 20 pés. Pode ter tomado uma pranchada ou pegado uma ruim e foi muito fundo. Tentaram reanimar ele, não conseguiram. Os bombeiros e a galera do surfe fizeram de tudo, mas não deu”, lamentou o surfista de ondas gigantes Thiago Jacaré ao site Waves.

Segundo informações do jornal português Record, os pais de Márcio estiveram presentes em Nazaré nesta quinta-feira, 5, junto com um grupo de amigos do esportista. A família do surfista está sendo acompanhada por psicólogos da Polícia Marítima.

Márcio Freire é considerado uma lenda no surfe de ondas gigantes. O baiano integrava o trio apelidado de “Mad Dogs”, ao lado dos surfistas Danilo Couto e Yuri Soledade. A equipe, que desbravava ondas gigantes com poucos aparatos de segurança, teve a história retratada em um documentário do diretor Roberto Studart. 

“Nunca vivi do surf, nunca ganhei dinheiro com surf; tive pouquíssimas vezes, contadas no dedo, dinheiro que veio do surf, que foi em 2015, tomei uma das maiores vacas, ganhei 1000 dólares; e quando rolou nosso documentário dos Mad Dogs que ganhei um dinheiro; eu também tinha uns apoios ali, mas era mais soul surfer mesmo e não ligava muito.. E como as empresas nos EUA não iam patrocinar um brasileiro e eu estava fora do Brasil, era mais difícil de negociar, e eu também não corria muito atrás porque estava me bancando, vivendo minha vida, e era aquilo mesmo, trabalhar pra me autosustentar e me autopatrocinar”, contou o baiano ao canal “Let’s Surf” em uma de suas últimas entrevistas.

A Tarde

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