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Guia do protetor solar: item indispensável para a beleza e saúde da pele

Guia do protetor solar: item indispensável para a beleza e saúde da pele é grande aliado nos tratamentos estéticos

Com a intenção de estimular a população na prevenção e no diagnóstico do câncer da pele, em 2014, a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) deu início ao movimento de combate ao câncer da pele batizado “Dezembro Laranja”. E uma das ações desse movimento é a conscientização sobre a importância da fotoproteção. “Os filtros solares são essenciais na prática da fotoproteção. É fato bem documentado que a constante exposição à luz solar está associada à formação de queratose actínica (lesões de pele pré-cancerígenas) e a cânceres de pele não melanoma, enquanto a exposição intermitente intensa à luz solar é significativa no desenvolvimento de melanomas”, diz o Dr. Daniel Cassiano, dermatologista, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia e da Sociedade Brasileira de Cirurgia Dermatológica. 

Benefícios do uso do protetor solar para a pele

Usar filtro solar todos os dias é fundamental para a saúde da pele. Entre os diversos benefícios, o produto ajuda a combater os danos causados pelos raios UV, agentes oxidativos, poluentes, ressecamento, oleosidade excessiva e doenças de pele. “No dia a dia estamos expostos a vários raios que podem ser nocivos para nossa pele. Os mais conhecidos são os raios UVA e UVB. O uso diário de protetor solar é essencial para proteger a pele dos efeitos desta radiação ultravioleta emitida pelo sol que podem levar ao câncer de pele, e também acelerar o envelhecimento e produzir manchas na pele. Ele aumenta a defesa da pele contra a senescência e contra a lesão ao DNA celular potencializando a idade biológica e a saúde da pele evitando assim o aparecimento de rugas, melanoses, discromias, teleangectasias, flacidez e patologias como o câncer, por exemplo”, comenta Ludmila Bonelli, cosmetóloga, especialista em dermatocosmética e diretora científica da Be Belle.

FPS, UVA, UVB, PPD e luz visível

“Na hora de escolher o protetor solar, grande parte da população concentra-se apenas no FPS, que indica o fator de proteção do produto contra a radiação UVB, responsável por deixar a pele vermelha e queimada. No entanto, a verdadeira inimiga da pele é a radiação UVA, pois esta é capaz de penetrar na pele em grande profundidade e atingir até as células da derme, favorecendo o surgimento de radicais livres e causando uma série de danos que vão desde a aceleração do processo de envelhecimento, com o surgimento de manchas e rugas, até câncer de pele”, alerta a cosmetóloga Ludmila Bonelli. “Quando vamos comprar um protetor solar, costumamos buscar produtos com FPS alto, o qual nos protege apenas contra os raios UVB. No entanto, precisamos principalmente nos proteger dos raios UVA e o fator responsável por essa proteção chama-se PPD. Ao pé da letra, PPD significa ‘Escurecimento Persistente do Pigmento’, do inglês ‘Persistent Pigment Darkening’ (PPD). Essa sigla representa a quantificação da proteção oferecida por um protetor solar contra a radiação UVA. A exposição à radiação UVA sem proteção, a longo prazo, pode causar danos permanentes, como melasma, envelhecimento da pele e o câncer de pele. Vale destacar ainda a proteção especial contra a Luz Azul, a luz visível (emitida pelas lâmpadas artificiais, celular, televisão e computador) sabe-se hoje que ela também causa danos a pele como aceleramento do envelhecimento e manchas”, explica Ludmila Bonelli. 

Qual é a diferença entre protetor físico e químico? 

“O tipo filtro químico possui moléculas que absorvem a radiação ultravioleta (altamente energética) transformando-a em radiação de baixa energia. Desta forma, ele cria uma proteção química na camada da pele, reagindo com a radiação solar e bloqueando a sua penetração. Mesmo na proteção química, é importante que o protetor solar seja sempre de amplo espectro, protegendo a pele da radiação UVA e UVB. O protetor físico, também chamado de inorgânico, é composto por minerais, como dióxido de titânio nano e óxido de zinco, que geralmente conferem cobertura a fórmula. Assim, os raios são refletidos pelo filtro, auxiliando na prevenção do fotoenvelhecimento”, afirma Ludmila Bonelli. 

Como escolher o melhor protetor solar?

 “A escolha do filtro solar deve ser individualizada, já que para as pessoas criarem o hábito de usá-lo diariamente, o produto deve ser aceitável cosmeticamente e ajudar no tratamento de outras dermatoses dos pacientes. Com relação aos veículos (gel, gel-creme, sérum, creme, stick, spray), levamos em conta o tipo de pele: seca, mista ou oleosa. Por exemplo, cremes vão melhor numa pele mais seca, já pessoas com pele oleosa preferem fórmulas com toque seco e texturas como o gel ou gelcreme. Em pacientes com melasma, devido ao papel da radiação da luz visível na piora das manchas, preferimos os filtros com cor. Já o filtro solar multifuncional, ou seja, com ação clareadora, antioxidante ou antiacne deve ser prescrito de acordo com cada paciente”, explica o dermatologista Daniel Cassiano.

Como deve ser o uso correto do protetor solar?

Segundo as recomendações da Sociedade Brasileira de Dermatologia, o Fator de Proteção Solar (FPS) mais indicado para a população brasileira é de no mínimo 30. Essa é uma orientação mais ampla e, por isso, é essencial consultar o dermatologista para analisar o tipo de pele e determinar o melhor FPS. Além disso, um fotoprotetor eficiente deve oferecer boa proteção contra a radiação UVA e UVB e o produto deve ser aplicado ainda em casa, e reaplicado ao longo do dia a cada duas horas, se houver muita transpiração ou exposição solar prolongada. É necessário aplicar uma boa quantidade do produto, equivalente a uma colher de chá rasa para o rosto, pescoço e colo e três colheres de sopa para o corpo, uniformemente, de modo a não deixar nenhuma área desprotegida. O filtro solar deve ser aplicado todos os dias, mesmo quando estiver nublado, no mínimo 30 minutos antes da exposição solar. “A aplicação inicial éestratégica para o sucesso da fotoproteção. Um aspecto importante éa uniformidade de sua aplicação, evitando que algumas áreas sejam esquecidas ou que haja aplicação insuficiente pela falta de atenção”, diz o dermatologista Daniel Cassiano. Protetor solar x tratamentos estéticos Como a radiação UV tem papel fundamental no fotoenvelhecimento da pele, o filtro solar acaba sendo um produto essencial na rotina de skincare e grande aliado nos tratamentos estéticos. De acordo com Cristiano Horta, dermatologista e consultor científico da ISDIN, a proteção solar adequada previne não só o câncer de pele, mas também o fotoenvelhecimento prematuro da pele como rugas, flacidez, vasos e manchas: “Procedimentos estéticos procuram melhorar a  qualidade da pele e corrigir estes problemas necessitando de proteção solar para manter o resultado dos mesmos e evitar a recorrência das alterações na pele induzidas pela radiação ultravioleta. Tratamentos estéticos podem ou não comprometer a barreira de proteção da pele e deixá-la mais vulnerável e muito mais sensível. Nestes casos, deve-se respeitar o tempo de recuperação desta barreira, que pode variar de algumas horas a alguns dias, iniciando-se a fotoproteção com filtros inorgânicos (físicos) com ou sem cor, pois trazem menor irritabilidade e não são absorvidos pela pele. À medida que a pele se recupera pode-se utilizar filtros químicos ou híbridos com cor ou sem cor. Em procedimentos menos ablativos, um protetor solar misto (com filtros químicos e físicos) com muito alta proteção solar e ativos hidratantes também é indicado”, afirma. A esteticista dermaticista Patrícia Elias explica que quando um procedimento estético é realizado, a pele é muito manipulada, ou seja, acaba diminuindo a proteção. “Após a realização de peelings, a passagem constante de gases ou algodão e esfoliação, a pele pode ficar mais sensível, então qualquer radiação a mais do sol pode pigmentar e o protetor solar impede as radiações UVA/UVB emitidas pelo sol. Neste caso também existem protetores com ativos calmantes, antioxidantes e vitaminas e outros que protegem também da luz visível. Vale destacar que após realizar o microagulhamento não é indicado passar protetor solar porque o processo faz canais, perfurando a pele e criando microcanais para a permeação dos ativos, então é melhor evitar passar protetor logo em seguida, pois pode ocasionar acnes ou alergias. Mas a grande maioria dos tratamentos estéticos tem o protetor solar como um grande aliado”, comenta Patrícia Elias. Por fim, o dermatologista Daniel Cassiano alerta: “Pacientes submetidos a procedimentos que desepitelizam a pele como peelings e laser ablativos devem seguir a fotoproteção com mais rigor, já que há maior risco nesses casos de hipercromia pós-inflamatória”. 

Mais informações: Link: https://congressoestetika.com.br/

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