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Empresário analisa retomada do setor de eventos com flexibilização em Salvador

Carlos Lopes propõe reestruturação do calendário de atividades, criação de manuais para reabertura dos espaços e avalia possibilidade de drive-in para categoria.

Com os debates se intensificando ao redor do setor comercial da cidade, a Fase 3 do plano “Retomada Salvador” manteve as expectativas mornas entre os trabalhadores de eventos. Com a possibilidade de retorno ligada aos indicadores de saúde, a liberação do Centro de Convenções e demais espaços da categoria estão restritas a taxa de ocupação dos leitos de UTI COVID-19 se manter abaixo do 60%. Segundo últimas informações da prefeitura, a taxa está no patamar de 77%.

Em Salvador, estima-se que o mercado de eventos e afiliados venha apresentando oscilações há 7 anos, panorama que teve começo com os problemas no Centro de Convenções em 2013, reinaugurado no início de 2020. Com a pandemia, o espaço tornou a fechar, assim como outras casas de eventos por decreto municipal. O acúmulo de perdas da categoria pode ser ainda maior com o adiamento ou cancelamento do carnaval em 2021 na capital baiana.

Explicando como o segmento deve se preparar para o retorno gradual dos eventos presenciais, o empresário Carlos Lopes orienta reestruturar o calendário de atividades, fornecedores, clientes, reparos e folhas de pagamento para os últimos meses do ano (novembro e dezembro), acompanhando as divulgações oficiais da prefeitura para ter uma margem precisa de quando os espaços cerimoniais poderão retomar às atividades.

“Apesar da dificuldade em ‘segurar’ os clientes que desanimaram para fazer eventos na pandemia, os empresários locais que tinham um negócio fechado e que foi cancelado ou adiado, podem tentar um segundo contato agora mais preciso e com datas assertivas sobre a possibilidade de realização para o fim de 2020 e início de 2021. O planejamento deve ser todo reestruturado e pensado já com medidas de segurança e higienização ao enviar para os interessados”, explica.

Conhecido por assistir o setor de eventos na pandemia, Carlos teme a inviabilidade e receio nas atividades devido as aglomerações em espaços fechados e o fácil contágio. Para que esse cenário não se concretize, Carlos propõe a criação de manuais, cartilhas e informativos por parte dos espaços cerimoniais que sejam comuns a toda categoria, estabelecendo medidas de higienização divididas em ‘trabalhadores’ e ‘clientes’, monitorando e assegurando a progressão das atividades presenciais.

Além da readequação do calendário e cartilhas de segurança, Carlos aconselha empresários do setor a buscarem soluções criativas para o retorno das ações. O retorno do drive-in é uma das alternativas que Carlos sugere para eventos de stand-up, shows e eventos religiosos, aquecendo a geração de empregos pela construção e manutenção das estruturas, além da reutilização de espaços cerimoniais, garantindo lucros e a retomada feroz de um modelo ‘inovador’ para eventos na cidade.

“O setor vem sofrendo há bastante tempo com a falta de representatividade e tomada de ações que orientem os profissionais do mercado. Estamos tendo uma média de 12 eventos cancelados por empresa na pandemia, portanto, precisamos saber como recuperar a essência dessas produções para que quando finalmente possamos atuar, saibamos exatamente quais caminhos seguir. Além disso, o setor incide diretamente no emprego de vários segmentos, como limpeza, segurança, informática, imprensa, design e outros”, conclui.

Segundo levantamento da Associação Brasileira de Empresas de Eventos (ABEOC) e a União Brasileira dos Promotores de Feiras (Ubrafe), em parceria com o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (SEBRAE), a crise do novo coronavírus (COVID-19) já impactou cerca de 98% das empresas que atuam no mercado de eventos.

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