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Casos de dengue crescem 592,7% na Bahia; vacinação e diagnóstico precoce ajudam a prevenir complicações

De janeiro até o dia 25 de junho deste ano, foram notificados 224.571 casos prováveis da doença no estado, de acordo com a Sesab

A Bahia notificou, de janeiro até o último dia 25 de junho deste ano, 224.571 casos prováveis de dengue, o que representa um aumento de 592,7%, no comparativo com o mesmo período de 2023. No ano passado, nos seis primeiros meses, foram registradas 32.421 ocorrências. Os dados são da Secretaria de Saúde do Estado da Bahia (Sesab), que informou ainda que 93 pessoas morreram em virtude da doença este ano. 

Dos 417 municípios que compõem o estado, o órgão estadual de saúde classificou 91 em situação de “epidemia”, 61 em “risco” e 231 em “alerta” para a dengue, que pode ter complicações atenuadas pela vacinação oferecida na rede pública, para grupos prioritários, e pelo diagnóstico precoce por meio de exames, que auxilia os médicos na adoção de tratamento mais eficazes. Salvador, Camaçari, Santo Antônio de Jesus, Barreiras e Luís Eduardo Magalhães estão entre as cidades em “alerta”.

“Esse cenário da dengue faz com que tenhamos alguns cuidados importantes. Um deles é o controle do Aedes aegypti, por meio da eliminação criadouros dos mosquitos, que gostam de se reproduzir, principalmente nas residências, em ambientes com água parada, a exemplo de latas, potes, pneus, garrafas e calhas, dentre outros. A população também deve ficar atenta ao calendário de vacinação oferecido pelo SUS para a dengue. Outra recomendação é buscar cuidados médicos imediatos e realizar os exames para diagnóstico desde os primeiros sintomas para evitar complicações da doença, como internação e até mesmo, em casos mais graves, a morte”, informa o infectologista e consultor técnico do Sabin Diagnóstico e Saúde, Claudilson Bastos.

O especialista destaca que os principais sintomas da dengue incluem febre de início rápido, acompanhada de dor de cabeça e atrás dos olhos, dores no corpo e articulações, prostração, fraqueza, erupção e coceira na pele, além de manchas vermelhas pelo corpo, náuseas, vômitos e desconforto abdominal. “Ao aparecer os sintomas, que se assemelham também aos casos de zika e chikungunya – transmitidos pelo mesmo mosquito –, a pessoa deve procurar o atendimento médico para identificar o vírus causador da doença e iniciar, o mais rápido possível, o tratamento adequado”, salienta. 

Exames disponíveis

Um dos exames para detecção da dengue disponíveis para a população é o teste rápido, que faz o diagnóstico na fase aguda e ativa da doença. De acordo com a coordenadora do Núcleo Técnico Operacional do Sabin, Híbera Brandão, a avaliação tem como diferencial identificar a presença da proteína NS1 (Non-Structural Protein 1) durante os estágios iniciais da infecção. “Uma das principais vantagens deste teste é a rapidez, que tem o resultado divulgado no mesmo dia. Isso facilita o diagnóstico e as intervenções que o médico poderá adotar para evitar complicações no paciente”, explica.

Ela ainda destaca que o exame, que segue as melhores práticas de análises clínicas, permite diagnosticar a dengue independentemente do tipo do vírus que infectou o paciente (DEN-1, DEN-2, DEN-3 e DEN-4). A especialista pontua ainda “que  o recomendado é realizar o teste NS1 do 1 ao 5 dia após o início dos sintomas e a sorologia a partir do 6 dia quando inicia a produção dos anticorpos.”

Além do teste rápido, o Sabin também oferece um exame unificado, que usa a técnica de biologia molecular RT-PCR, para detecção de dengue, zika e chikungunya em apenas uma amostra. A avaliação é capaz de identificar os vírus ainda na fase aguda, nos cinco primeiros dias dos sintomas devido à tecnologia usada, porque proporciona mais rapidez e eficiência, uma vez que apresenta mais sensibilidade e especificidade. Para fazer o exame, é coletada uma única amostra de sangue, com o resultado sendo entregue entre três e quatro dias.

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