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ACM Neto acusa APLB de ligação com PT, PCdoB e PSOL

Fonte: Trbn

O prefeito ACM Neto (DEM) teceu duras críticas à APLB-Sindicato, que em assembleia aprovou estado de greve dos professores municipais

O prefeito ACM Neto (DEM) teceu duras críticas à APLB-Sindicato, que em assembleia aprovou estado de greve dos professores municipais. Cerca de 2.000 trabalhadores em Educação aprovaram, anteontem, estado de greve na rede Municipal de Salvador. A assembleia geral da categoria, promovida pela entidade, foi realizada no Ginásio de Esportes dos Bancários.

Para o gestor, a entidade só tem membros de partidos de esquerda. “A APLB não faz o seu trabalho. Quando é com o governo do estado se acovarda. Ali só tem gente do PT, PCdoB e PSOL. A verdade é essa. Não respeito quem faz política desse jeito. Se quiserem discutir a vida do servidor, estou à disposição. Já recebi a APLB algumas vezes. Agora querer fazer ensaio para greve, é um desrespeito inaceitável, não adianta. Comigo não cola. Eles fizeram greve no ano passado, não tiveram adesão dos professores e tiveram que sair. Se o caminho for o diálogo, estou disponível”, disse, em entrevista coletiva após anunciar a programação do Carnaval.

“Eu não estou entendendo isso, honestamente. Temos até maio para tratar de reajuste. Eu pretendo até conceder reajuste para os funcionários em 2020. Estou fechando os ajustes orçamentários. Mas se começar com greve, não tem. Na base da pressão, eu não funciono. Em 2016 eu enfrentei greve, e era candidato à reeleição. Quem for para entrar em greve, corta o salário e acabou. Com greve, não tem diálogo nem reajuste”, alfinetou.

“É ano político, os sindicatos que são patrocinados e têm ponte direta com PT, PCdoB e PSOL começam a querer fazer confusão. Comigo não adianta, que não cola. Se professor entrar em greve, é corte de salário e eu suspendo o reajuste. Se quiser dialogar, a disposição da Prefeitura é de avançar”, acrescentou.

O presidente da APLB-Sindicato, professor Rui Oliveira, se disse surpreso com a declaração do prefeito ACM Neto. “Acho que ele desconhece as ações da APLB-Sindicato, talvez porque não participe muito do cotidiano de Salvador. Ele está totalmente equivocado. Desde dezembro que a rede estadual da APLB tem feito, junto com outras entidades, manifestações todos os dias contra a reforma truculenta do governador Rui Costa, a PEC-159, pior do que a de Bolsonaro”, rebateu Rui Oliveira.

“Fizemos diversos atos na Assembleia Legislativa, saímos juntos no Bonfim, fizemos manifestações nas ruas em Salvador. Chegamos a ocupar a AL-BA no dia da votação, enfrentado a tropa de choque do governador. Somos um sindicato de luta, prefeito, e defenderemos sempre os direitos dos trabalhadores seja no Estado ou no Município”, reforçou Oliveira.

Além do estado de greve, também foi aprovada a pauta de reivindicações da campanha salarial de 2020. Ao final da assembleia, a categoria saiu em caminhada até a SEMGE, nos Barris, aonde foi entregue este documento ao secretário Municipal de Gestão, Thiago Dantas, que coordena a mesa permanente de negociação, representando o Executivo Municipal.

Na pauta, a proposta de reajuste salarial no percentual de 19,19%, conforme estudos realizados pelo DIEESE, analisando as perdas salariais do magistério. Uma nova assembleia foi marcada para o dia 3 de março, onde irá analisar a devolutiva do Executivo Municipal. Caso não seja atendida, a tendência é que esse estado de greve seja convertido em uma paralisação por tempo indeterminado.

Procurado pela reportagem, Thiago Dantas se disse confiante no diálogo e classificou como “precipitada”. “Eles trouxeram uma pauta com alguns itens e vamos dar continuidade as conversas”, declarou.

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