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Descubra o que é a síndrome da impostora e como ela atrapalha seu sucesso

Rafa Brites, autora do livro Síndrome da Impostora

“Você já teve a sensação de que nunca é boa o suficiente? De que precisa estudar mais? Trabalhar mais? E que, se não fizer isso, a qualquer momento perceberão que você é uma farsa?”, questiona Rafa Brites, autora do livro Síndrome da Impostora. Pode até ser que você ainda não tenha ouvido esse termo, mas provavelmente tem ou conhece pelo menos uma mulher que possui essa condição, que não tem nada a ver com incompetência. “Trata-se de um fenômeno psicológico ligado à baixa confiança no próprio desempenho e que acomete invariavelmente mulheres capazes e bem-sucedidas. Essa síndrome faz com que a gente tenha uma avaliação errada da própria competência e supervalorize os méritos dos outros, presumindo que eles tiveram as mesmas experiências e condições de desenvolvimento que a gente e que construíram o mesmo repertório e conjunto de capacidades”, esclarece a coach Ju De Mari, mentora para mulheres da Prosa Coaching. “Pensando especificamente na profissional de estética, a síndrome da impostora pode se manifestar quando ela recebe um elogio ou uma promoção e dúvida que é merecedora daquilo. E, em vez de sentir alegria, tem a sensação de que vai ser pega na sua fraude e vão descobrir que ela não tem competência para receber tantos olhares”, exemplifica. Alguns sintomas indicam que você possa estar sofrendo da síndrome da impostora, entre eles:

  • Alimentar pensamentos do tipo “eu não mereço” ou “não sou digna disso”;
  • Viver com a constante preocupação de não conseguir dar conta das demandas ou das expectativas alheias;
  • Ter tendência ao perfeccionismo e uma alta exigência nas relações pessoais e profissionais;
  • Acreditar que não tem talento para o trabalho ou que ele é tão fácil que qualquer um poderia executá-lo;
  • Insistir que suas conquistas aconteceram por sorte.

Dê um basta! A síndrome da impostora leva à uma experiência extenuante, já que mesmo realizando muito, a profissional acredita que está fazendo pouco e, portanto, não se sente realizada nem durante, nem depois de seus feitos. “Quando ela finaliza um atendimento, sente ansiedade, tensão, medo de passar vergonha ou de parecer pouco inteligente e, como consequência, tem necessidade de se esforçar cada vez mais e assim sucessivamente. Enfim, é uma condição cheia de incômodos e que naturalmente leva à solidão”, alerta a mentora Ju De Mari, que aponta para a necessidade de não cair na armadilha de se isolar. “Para atingir uma posição mais gerenciável é importante buscar apoio, seja em grupos, na terapia ou com mentores para conseguir se apropriar de sua trajetória, de suas conquistas e capacidades. Também é fundamental ficar atenta em quais situações a voz impostora aparece, para se preparar para lidar com ela. Outra medida prática bem interessante é evitar a tendência de colocar tudo no mesmo patamar de importância e de querer fazer tudo com a mesma entrega. Isso não faz sentido. Experimente classificar cada projeto e demanda atual em termos do investimento de energia (de 0% a 100%), de minutos do seu dia e do grau de imperfeição que está disposta a tolerar de cada um deles (também de 0% a 100%). Isso vai ajudar a identificar se essa proporção que você está se colocando faz sentido com a relevância daquela atividade ou não”, completa Ju De Mari.

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