AmargosaCidadesDestaqueSaúdeVale do Jiquiriçá

Psicóloga de Amargosa inova com conscientização das mulheres

Formada pela Universidade Federal da Bahia em 2009, há 10 anos, a psicóloga e agora aluna do doutorado do Instituto de Saúde Coletiva (ISC/UFBA), Gabriela Sampaio utiliza o instagram e o youtube divulgando vídeos com foco nas necessidades emocionais das mulheres.

“Comecei a perceber que o público que mais buscava o serviço psicológico era as mulheres. Por dez anos, ouvi as mesmas queixas: problemas ao se relacionar com homens. Traições, fim de relacionamentos, abusos emocionais e físicos, adoecimento mental em virtude de relacionamentos abusivos na infância, juventude e vida adulta me fizeram olhar com cuidado para as necessidades das mulheres do interior. Atualmente, utilizo meu repertório comportamental como mulher e como terapeuta e me esforço para que ela reconquiste sua autonomia mental: que é a capacidade de estar no mundo, vivendo em paz, preenchendo sua vida de sentido que não seja somente o casamento homo/heterossexual e filhos.”

“Tenho alguns princípios norteadores: 1) as demandas trazidas dizem sobre experiências que não são somente individuais. Isso quer dizer que muitas mulheres vivenciam a experiência de sofrimento, mas muitas se calam ou quando falam, são julgadas. Dessa forma, creio em assimetrias de gênero presentes nas relações homens e mulheres e principalmente, mulheres brancas e mulheres negras. Esses sofrimentos são acolhidos de formas diferentes e muitas mulheres adoecem mais que as outras em virtude dessas desigualdades 2) A ciência psicológica junto a ciências humanas como a Antropologia e a Sociologia auxiliam a expansão de consciência. Ao adquirir o conhecimento de que ser mulher é uma experiência performada em contextos socioculturais e que há reforços e diretrizes sobre o que o exercício da feminilidade, exclui parte das mulheres e por consequência, ampliam o sofrimento. Toda mulher é “mulherzinha”? Toda mulher gosta de vestido e lacinhos? Toda mulher gosta de manter relações sexuais com homens? Não. E isso causa sofrimento visto que produz imposição de um padrão. Por isso, quero aproximar o pouco que acumulei nesses últimos 10 anos para ajudar no processo de autoconhecimento de cada mulher. Mais do que os livros que li e os meus títulos acadêmicos, minha força e poder está nas experiências que passei enquanto mulher: me considero muito mais empática, já que experencio essa condição” 3) Nenhuma mulher “passada para trás” – passada para trás da vida dela. Sem poder de decisão. Sem poder de escolher e ser respeitada pela escolha que ela quer. Eu luto para que cada mulher pegue nas rédeas da sua vida e que a palavra NÃO esteja em seu vocabulário e que esta possa ser dita em momentos oportunos com TRANQUILIDADE: “não quero me manter nesse casamento onde só tem briga”; “não aceito ser traída”; “não aceito o seu comando”. Acredito que o AMOR e a PAIXÃO podem ser vividos de forma saudáveis”. 4) NÃO proponho uma GUERRA AOS HOMENS:  a partir do momento em que defendo as mulheres, não estou propondo uma guerra aos homens. Compreendo que os homens estão também em uma condição de opressão. São exigidos dos homens inúmeras características e comportamentos, como virilidade, fortaleza, não demonstração de emoções. Qualquer outra manifestação de masculinidade é vista como fora da norma e motivo de chacota. Eles também são vítimas dessa sociedade machista. Sou também empática aos homens e os compreendo. Porém, o meu trabalho é para quem está hierarquicamente abaixo dos homens: as mulheres. A literatura nas ciências sociais informa que os homens brancos, católicos e heterossexuais ocupam posições de privilégios na sociedade. Abaixo dele a mulher branca com as mesmas características. Abaixo de ambos, temos o homem negro e por último, a mulher negra, em pior situação social. Não dá para fechar os olhos para isso. Violência, estupro, depressão, HIV/AIDS, Zika Vírus, Dengue e outras doenças acometem com muito mais intensidade esse último grupo. Isso é real, não é mimimi ou invenção. É consultar os dados de grandes órgãos internacionais como a OMS, OIT para você observar os levantamentos mundiais.”

Acompanhe a Drª Gaby pelo Instagram

Eu comecei a me interessar por uma nova forma de psicologia há 7 anos. Quando eu voltei de Salvador para o interior e fui exercer a psicologia, eu percebi que não dava para aplicar aquela psicologia ortodoxa, cheia de regras e métodos. Por muitas vezes, meus clientes tinham outras especificidades. Nós do interior temos mais “intimidade” com as pessoas que moram em nossa cidade. Não dava para me “esconder” por trás de uma imagem profissional. Eu decidi ser eu, Gabriela, acho que é mais verdadeiro e penso que, me assumir pode ajudar muita gente. Na minha experiência profissional eu me expus muito: frequentei delegacias junto a mulheres que sofriam violências, participei de audiências ficando de frente aos agressores; conversei com os agressores. Nunca tive medo. MEDO é uma palavra que não deve existir no vocabulário de uma mulher. MEDO DE CRESCER, MEDO DO MARIDO, MEDO DE MUDAR, MEDO DE SER ELA, tudo isso inviabiliza o seu desenvolvimento. A #saladeterapia vem traduzir grandes clássicos das ciências sociais e da psicologia trazendo oportunidades de leitura sobre fenômenos corriqueiros. Eu chamo a #saladeterapia como um CONSULTÓRIO A CÉU ABERTO E SEM LIMITES. Ouvir uma nova forma de entender situações do cotidiano nos faz refletir e MUDAR DE COMPORTAMENTO. Você sabia que atualmente no youtube existe academias de conquista? Sabe o que é isso? Há centenas de canais brasileiros e estrangeiros se propondo a ensinar mulheres sobre como conquista um homem; como fazer sexo melhor;inovação entre quatro paredes para manter acesa a chama da paixão no casamento; como ser uma boa mãe; segredos de conquista; como fazer ele correr atrás de você; enfim, é uma infinidade de regras, reforçando comportamentos estereotipados, colocando homens e mulheres em um jogo de sedução com passo a passo. REFORÇANDO A IDEIA ERRÔNEA DE QUE EXISTE POUCO HOMEM NO MERCADO. E por que será que esses canais chegam a mais de 4 milhões de inscritos? Com certeza, algo está acontecendo com as mulheres no sentido da gente pensar o seguinte: POR QUE ELAS ESTÃO BUSCANDO ISSO? ISSO AS DEIXAM MAIS FELIZES E REALIZADAS OU ESTAMOS VIVENDO EM UMA COMPETIÇÃO PARA VER QUEM É A MELHOR MULHER (que proporciona um sexo melhor, que é a melhor mãe, que é a melhor esposa, que faz uma maquiagem melhor, que malha melhor etc etc…). Isso é adoecedor. Talvez o medo de ficar sozinha gere esse acesso ou até mesmo, eu posso estar enganada, talvez muitas delas também se realizem com isso. É necessário ouvi-las.

#saladeterapia #psicologia #psigaby #psicologaGaby #Amargosa #Mutuipe #SantoAntoniodeJesus #SaoMigueldasMatas #Reconcavobaiano #ValedoJiquirica #Bahia #saúde #CriativaOnLine

google newa

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Botão Voltar ao topo