Educação

Para a professora Dilcléia ensinar é valorizar saberes e despertar o interesses

Trabalhar com uma proposta pedagógica que valorize os saberes do estudante e seu ambiente sociocultural é a maior motivação profissional da professora de Física, Dilcléia Santana Oliveira Soares Silva. Nas suas turmas do Ensino Médio com Intermediação Tecnológica (EMITEC), a docente com experiência de 23 anos de magistério – dos quais 18 atuando na rede estadual de ensino – alimenta o desafio diário de despertar no aluno o interesse pelo aprendizado através da pesquisa.

“Ser educadora é incentivar os nossos alunos a buscarem constantemente o conhecimento por meio de experimentos inovadores aos quais são desafiados. Ser professora do EMITEC é um prazer ainda mais desafiador, porque é buscar a inovação constante a partir de uma estratégia tecnológica que propicie ao aluno de localidades rurais e de áreas de difícil acesso cursar o Ensino Médio. Incluímos aí comunidades quilombolas, indígenas e outros agrupamentos rurais”, resume Dilcléia.

Programa desenvolvido pela Secretaria da Educação do Estado (SEC) para garantir o Ensino Médio a estudantes que moram em áreas remotas da Bahia, através do uso de uma rede de serviços de comunicação multimídia que integra dados, voz e imagem, o EMITEC ganha cada vez mais espaço na prática pedagógica de Dilcléia. “As pesquisas despertam nos estudantes o interesse por temáticas diversas e as tecnologias educacionais funcionam como um fator motivador para eles”, justifica.

Como professora de Física, Dilcléia costuma dizer que os principais desafios estão relacionados à compreensão e à valorização da Ciência. “Nossa tarefa é buscar a participação do estudante na construção do aprendizado, articulando o conhecimento formal com os seus saberes, relacionando os fenômenos físicos com os fatos do dia a dia”, considera a educadora nascida, em Salvador, de pais que estudaram somente até o Ensino Fundamental II e foram seus primeiros incentivadores a abraçar a Educação como uma oportunidade que os próprios não tiveram.

E assim, determinada, ela vislumbrou na Educação a sua trajetória profissional. Depois de cursar o Ensino Médio na antiga Escola Técnica Federal da Bahia, decidiu fazer Licenciatura em Matemática, na Universidade Federal da Bahia (UFBA). Ao mesmo tempo, a paixão e curiosidade pela Física a levaram ao Mestrado Nacional Profissional do Ensino de Física (MNPEF), do qual é mestranda.

No mês em que se comemora o Dia do Professor (15 de outubro), a professora Dilcléia faz um balanço positivo da sua trajetória. “Apesar das dificuldades inerentes à qualquer profissão, tive e tenho vitórias, por exemplo, cada vez que recebo um agradecimento de um ou mais alunos ao final da aula. Fico sempre emocionada, porque isso quer dizer que toquei, motivei alguém. Contabilizo vitórias também quando o estudante se emociona com a realização de um experimento e percebe fenômenos relacionados ao seu cotidiano”, comemora.

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