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Pais, Professores e Médicos são contra volta às Aulas sem controle da pandemia

O retorno das atividades presenciais expõe mais pessoas ao risco de contaminação e morte pela doença causada pelo novo coronavírus.

Festas de fim de ano e até o carnaval de 2021 foram cancelados devido a pandemia do novo coronavírus, mas para governos Federal, estaduais e municipais o retorno das aulas presenciais ainda este ano é uma possibilidade, mesmo com inúmeros riscos à saúde e a vida de milhões de alunos, trabalhadores da educação e familiares que podem ser contaminados.

O argumento para a volta às aulas a qualquer custo é que as crianças e adolescentes não podem perder o ano letivo, mas o que vem fazendo governadores e prefeitos desprezarem os cuidados com a saúde e a vida é a pressão econômica dos donos de escolas particulares que temem perder alunos e, consequentemente, lucros.

A maioria das mães, pais, professores e médicos infectologistas são contra o retorno das atividades escolares enquanto a curva de contaminação estiver em alta, com média diária de mais de 40 mil casos confirmados e mais de mil mortes por Covid-19, doença provocada pelo vírus, como vem ocorrendo. 

Se as crianças voltarem às aulas e forem contaminadas podem transmitir o vírus para o pai, a mãe, avós ou mesmo para os educadores. Segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD-C), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), cerca de 123,5 milhões de pessoas moram em domicílios que possuem pelo menos uma pessoa com idade até 17 anos, ou seja, em idade escolar.

A volta às aulas neste momento também representa risco para 9,3 milhões de brasileiros de grupos de risco que vivem na mesma casa de crianças e adolescentes, como mostra análise da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), que ressaltou a importância de as autoridades seguirem as recomendações de órgãos internacionais como a Organização Mundial da Saúde (OMS) e a Unesco para um retorno das aulas presenciais de forma segura. 

Segundo a entidade, o poder público deve levar em conta não apenas a curva epidemiológica de casos e mortos, mas também a taxa de transmissão. “De qualquer forma, em todos os cenários, o Brasil não alcança os requisitos básicos”, diz documento da entidade, divulgado esta semana.

E mesmo sem cumprir estas medidas básicas de proteção, a justificativa dos governos sobre o retorno às aulas das escolas públicas é a preocupação com o ano letivo.

SINPRO-DF

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