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O que de fato é permitido sobre Marketing Médico nas redes sociais?

O advogado Gustavo de Santiago é especialista no tema e orienta como os médicos podem gerir a reputação nas redes sociais sem ferir a jurisdição

Já é de praxe que médicos usem as mídias sociais para divulgar seu trabalho. Entretanto, algumas atitudes de especialistas, como cirurgiões plásticos que postam fotos de antes e depois dos pacientes que realizam procedimentos estéticos, vão na contramão do que está previsto em lei. 

Como se trata de exposição dos serviços do profissional, alguns limites são importantes e devem ser considerados. Afinal, muitas vezes a atividade intensiva nas redes sociais pode colocar em risco a relação entre paciente e médico. Com a ajuda de Gustavo de Santiago, advogado especialista em marketing médico digital, vamos apresentar os pontos sensíveis para a ética nas redes sociais que os médicos devem saber.

Práticas antiéticas

Em geral, o tipo de deslize ético ou mesmo legal que um médico pode fazer no marketing digital é a propaganda enganosa ou quebra de sigilo com o paciente. Situações como divulgação de imagem de pacientes, uso de celebridades para propaganda de tratamentos arriscados e divulgação de tecnologias como se fossem exclusivas do médico são ações que podem causar reações jurídicas. “O mais importante, mesmo, é se atentar a não ultrapassar os limites de sua função pública e observar algumas proibições”, esclarece Gustavo.

CFM

Mas caso o deslize acabe causando problemas legais para o médico, isso ocorre com a quebra das normas do Conselho Federal de Medicina. Embora não tenha jurisdições para a exposição online, há regras para a divulgação que podem penalizar o médico caso sejam quebradas. “As penalidades são 05 possíveis, da mais branda à mais severa: a) advertência confidencial; b) advertência pública; c) censura confidencial; d) censura pública; e, por último, a sanção capital: e) cassação do CRM”, detalha Gustavo. Portanto, prudência passa a ser indispensável para a divulgação de conteúdo médico nas redes. Mais do que uma divulgação irresponsável do próprio trabalho, a criação de conteúdo educativo sobre a atividade médica pode ser benéfica para a sociedade em geral.

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