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Confira a coluna, O agente transformador sob o aspecto da enfermagem

A semana entre o 12 e  20 de maio é uma época especial para todo e qualquer profissional de enfermagem. Estas são as datas em que ocorreram, respectivamente, o nascimento de Florence Nightingale, em 1820, e o falecimento de Ana Néri, em 1880. Florence é considerada a mãe da enfermagem mundial, por ter servido na Guerra da Criméia e fundado uma escola de Enfermagem no Hospital Saint Thomas, no centro de Londres, enquanto Ana foi a pioneira do ramo no Brasil, por ter servido na Guerra do Paraguai. Assim, os dias foram escolhidos para acolher a Semana da Enfermagem no país.

              A enfermagem é uma profissão que, assim como muitas outras, passou por diversas melhorias ao longo dos anos. Hoje em dia chega a ser cômico lembrar dos antigos aparatos, como seringas de vidro, e até mesmo os antigos uniformes, com longas túnicas que dificultavam a movimentação. Houve, realmente, uma transformação para que chegássemos no ponto que estamos hoje. Isso não ocorreu, porém, do dia para a noite, muito pelo contrário. Foi um crescimento gradual, com descobertas diárias que foram possíveis apenas com a troca de informações e pela busca constante ao conhecimento.

              É por isso que temos o dever, como enfermeiros, de nunca perder a vontade de aprender. É imperativo para todos os profissionais de nosso meio que encontremos formas de dividir e compartilhar o que aprendemos em nosso dia a dia, além de tentar saber o que nossos colegas estão aprendendo em suas rotinas, também. A Enfª Dra. Valdeniza Fogaça, consultora em trabalhos científicos, dá algumas dicas de onde buscar este conhecimento: “a mídia, a Internet e órgãos como Anvisa, Coren e Anahp, além de livros, revistas e cursos, são todas ótimas opções”, ela diz. “É preciso também buscar pesquisa de satisfação de clientes”, ela completa. É bom lembrar, inclusive, que a área da enfermagem hoje se propaga em infinitas áreas de atuação, desde a mais clássica em hospitais até a enfermagem forense, do trabalho e em terapias intensivas. Ou seja: todas estas áreas têm muito conhecimento a ser dividido e pode ajudar outros profissionais, também.

              Há diversas maneiras de compartilhar o que sabemos, além de conquistar novos conhecimentos. Um dos mais importantes é a produção de artigos científicos, junto com atividades culturais, como palestras, aulas e bancas. Se possível, é importantíssimo que o enfermeiro esteja sempre em dia com as novidades do ramo científico, lendo sempre os artigos publicados nas principais publicações do ramo. Também vale a pena participar (e ministrar também, porque não) simulações e treinamentos, como aqueles com maquiagem didáticas e manequins, para aprender e ensinar novas técnicas. Finalmente, lembre-se sempre de divulgar o trabalho feito, seja em mídias tradicionais, internas ou até sociais, pois quem guarda uma informação para si não contribui em nada para o avanço da profissão no geral. A Enfermeira Ivone Regina Fernandes, do Coren-SP, diz bem: “todo o conhecimento que guardamos para nós mesmo morre conosco. Então, é preciso ser um multiplicador, aprender e ensinar”.

              Enfermeiros são parte integral da equipe hospitalar e da área da saúde e, então, precisam estar em constante transformação assim como seus pares. Nas palavras da Enfª Ivone, “quando ousamos, nos libertamos”. Então, não deixemos as amarras da falta de conhecimento nos atrasar e vamos trabalhar juntos para que a área da enfermagem continue se transformando e movendo em frente.

*A Enfª Cristina Leonel é Gerente de Enfermagem no HSANP, centro hospitalar da Zona Norte de São Paulo

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