Saúde

Ginecologia integrativa promove qualidade de vida da mulher

Programa de longevidade saudável busca tratar a causa da doença, com foco no bem estar das pacientes

Viver bem por longos anos é muito mais do que apenas sobreviver. A maioria das pessoas que deseja ultrapassar a marca dos 90 ou dos 100 anos de idade imagina uma longevidade saudável, associada à qualidade de vida e ao bem estar. Proporcionar às mulheres uma vida feliz em todas as suas fases é o foco da ginecologia integrativa, abordagem que considera a paciente como um todo ao invés de se restringir ao diagnóstico e tratamento de problemas do aparelho genital e do sistema reprodutor. Por esta razão, quando uma paciente chega ao consultório com queixas inespecíficas em uma abordagem desta natureza, a consulta costuma durar mais tempo, a fim de aprimorar a investigação das causas reais de problemas distintos, já que o intuito vai muito além de tratar sintomas. A solução, geralmente, mescla diferentes processos da medicina tradicional com métodos alternativos eficazes e seguros. 

Mudanças alimentares, superação do sedentarismo, suplementação de nutrientes e indicação de acompanhamento psicológico, massagens, fitoterapia, yoga, meditação e acupuntura são apenas algumas das ferramentas utilizadas pela ginecologia integrativa para promover a saúde da mulher. A escolha dos métodos terapêuticos é feita com base em exames clínicos, anamnese detalhada e resultados de exames, mas também no que a paciente acredita, suas crenças, princípios e filosofia de vida. A personalização do tratamento, que estimula as pacientes a perceberem que elas são responsáveis pela própria saúde, é outra característica desta nova abordagem, presente em um programa de longevidade saudável adotado pela ginecologista e obstetra Fernanda Medeiros, pós-graduada em Ginecologia Minimamente invasiva e pós-graduanda em Ciências da Longevidade Humana. 

Insatisfação múltipla – Esta médica conta que sua busca por conhecimentos relacionados à ginecologia integrativa foi estimulada pela insatisfação de pacientes que a procuravam depois de consultas com vários especialistas sem a resolução do problema. “Imagine uma mulher que procura um psiquiatra para tratar um transtorno de ansiedade, depois vai ao cardiologista com sintomas de hipertensão, a uma ginecologista com queixa de falta de libido e, na sequência, a um endocrinologista, que identifica alterações nos hormônios da tireoide. Cada um desses especialistas prescreve um determinado remédio, mas a paciente não melhora e apresenta efeitos colaterais de cada uma das medicações. Daí ela passa a tomar mais medicamentos para controlar os novos sintomas. E o ciclo se repete. Imaginou ou se identificou? Situações semelhantes a essa, que acontecem com muita frequência, podem ser evitadas ou, pelo menos, minimizadas, através da medicina integrativa”, defende a especialista. 

Desde que adotou a nova abordagem em seus atendimentos no Hospital São Rafael (unidade São Marcos e Centro Médico, em Ondina) e na Clínica CAM (unidades Itaigara e Canela), Fernanda Medeiros obteve resultados positivos. “As melhorias foram tão grandes que, para muitas pacientes, alguns medicamentos passaram a não ser mais necessários. Além disso, os novos hábitos adotados por elas ajudam na prevenção de outras doenças que poderiam ocorrer caso não houvesse as mudanças na saúde”, frisou a especialista. 

Ela percebeu que faltava algo na medicina tradicional quando começou a receber muitas pacientes  se queixando de cansaço e/ou desânimo constantes, problemas na relação conjugal, ausência de prazer em estar com os filhos e falta de entusiasmo pelo trabalho. “Muitas chegam ao consultório dizendo que tudo na vida parece um fardo pesado. Quando passei a ver a mulher como um todo pelo viés da medicina integrativa, as possibilidades e a efetividade dos tratamentos desses casos foram potencializadas. Meu objetivo maior passou a ser  proporcionar qualidade de vida e bem estar às mulheres, já que todas desejam ser felizes e não apenas sobreviver”, explicou Fernanda Medeiros. 

Depois dos 40 – Feliz é como vivia a contadora Rosalina Borges (51) até os 40 anos. Contudo, quando ela entrou no climatério a partir desta idade, começaram a surgir diversos problemas sem explicação ou solução. Primeiro foram as rachaduras em dois dentes, aparentemente saudáveis. Depois disso, os problemas foram surgindo um após o outro: cisto no seio, inflamação nas articulações, dores musculares intensas, enxaquecas pré-menstruais. “Começou a bater um desespero, porque mal começava a tratar um problema e logo surgia outro. Fiz consultas com diversos especialistas, mas ninguém descobria as causas”, contou a paciente da doutora Fernanda. As salas de emergência viraram  rotina e ela passou a tomar muitos analgésicos, anti-inflamatórios e corticoides. 

“A vida virou um pesadelo, passei a dormir mal, despertando durante a madrugada. Sozinha, desorientada e já cansada, comecei a pesquisar sobre o assunto até descobrir que muito do que eu sentia estava associado a baixos níveis de Vitamina D. Em seguida, quando apareceu um xantelasma em minha pálpebra, uma endocrinologista disse que eu estava sofrendo de Síndrome Metabólica. A essa altura eu já estava obesa e hipertensa, usando dois medicamentos prescritos por cardiologista”, descreveu Rosalina.

Novos hábitos – Na busca pela recuperação de sua saúde e qualidade de vida, a contadora encontrou a ginecologista Fernanda Medeiros, que não só entendia de hormônios, mas se debruçou a compreender a fonte de seus problemas, buscando solucioná-los através da ginecologia integrativa. “Comecei a praticar atividade física, mudei a alimentação, passei a evitar produtos industrializados e a ingerir mais alimentos anti-inflamatórios, a exemplo de cúrcuma, gengibre e limão. A médica me prescreveu uma substância natural que melhorou muito minhas noites de sono. Ainda não chegamos no auge do tratamento, estamos no início, na fase detox e de suplementação de vitaminas e minerais, porém, já percebi melhoras substanciais. Logo comecei a perder peso, a pressão arterial voltou ao normal e me livrei da medicação de uso contínuo. Tudo mediante monitoramento”, relatou Rosalina Borges.

Além de perceber o quão essencial é o autocuidado, a contadora concluiu que “o efeito da atividade física associada a uma alimentação balanceada, equilíbrio emocional e suplementação é incrível. Não consigo imaginar vida longa e saudável de outra forma. Junte tudo isso à reposição hormonal bioidêntica e o milagre da vida acontece. É como se eu tivesse ganhado um bônus de vida saudável. Encontrar alguém disposto a ser meu ‘parceiro’ nessa nova jornada foi muito importante”, concluiu a paciente. 

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