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Especialista fala sobre riscos do jaleco médico para os pacientes

O jaleco branco usado pelos médicos, dentistas e veterinários é um símbolo de grande importância para a comunidade médica, considerado praticamente o uniforme associado à profissão. No entanto, estudos recentes mostram que ele pode representar perigo ao paciente. 

A Dra. Ana Paula Moro é uma especialista não apenas em odontologia, mas também no assunto dos jalecos. Proprietária da Dra. Chica, que é uma confecção de jalecos customizados para profissionais da área médica e odontológica, ela explica porque o jaleco pode acabar por representar algum risco ao paciente: “devido ao contato direto com pacientes que apresentam variadas doenças e infecções, a peça pode se contaminar com bactérias. É muito importante ter determinados cuidados com o jaleco, de preferência não usar o mesmo sem lavar por mais de 1 dia”. 

Um estudo publicado no periódico Infection Control and Hospital Epidemiology alertou que até 16% desses micróbios presentes no jaleco podem ser resistentes à medicação, como a Staphylococcus aureus resistente à meticilina (SARM). Os dados são preocupantes já que trabalho anterior mostrou que a maioria dos médicos passa mais de uma semana sem lavar o jaleco.

A Dra. Ana Paula Moro recomenda que os médicos tenham mais de uma opção de jaleco e que evitem repetí-lo por longo período: “o ideal é ter um jaleco para cada dia da semana, e ao final do plantão ou do expediente no consultório já encaminhá-lo para lavagem. Em um consultório dentário como o meu o risco de contaminação é muito menor, mas no caso de um médico este seria o ideal, de trocar todos os dias de jaleco”.

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