Um novo filme sobre Pelé é o mais recente lançamento de uma série de documentários que tem sido descrita como a era de ouro de filmes sobre esportes.
Documentários sobre o jogador de basquete norte-americano Michael Jordan, o jogador de futebol argentino Diego Maradona e o piloto brasileiro de Fórmula 1 Ayrton Senna estão encantando fãs com suas visões de bastidores da atuação e da personalidade dos grandes astros esportivos.
“Pelé”, lançado nesta terça-feira (23) na Netflix, almeja dar o mesmo tratamento a um homem que é sinônimo de Brasil no mundo todo.
“Acho que pensávamos que ele era um cara do qual todos, inclusive os torcedores de futebol, tinham um conhecimento bastante superficial”, disse o codiretor Ben Nicholas à Reuters. “Mas realmente queríamos explicar como este garoto se tornou o personagem mítico que ele se tornou”.
‘It’s not that Pelé made the difference. Pelé was the difference'
— Netflix (@netflix) February 23, 2021
This new documentary tells the story of iconic footballer Pelé, his quest for perfection and the mythical status he attained. Now on Netflix pic.twitter.com/M6vtB4XZDp
O filme se concentra no período entre 1958 e 1970, quando o Brasil conquistou três das cinco Copas do Mundo que possui e se estabeleceu como o país do futebol. Fora de campo, os dias de glória do final dos anos 1950, quando a produção cultural única do Brasil tomou o mundo de assalto, deu lugar a tempos sombrios na esteira do golpe militar de 1964.
O foco principal está no papel de Pelé nos triunfos dos três Mundiais, e particularmente na Copa de 1970, quando ele levou o que se considera um dos maiores times de futebol de todos os tempos à vitória no México.
O êxito, disseram os diretores, foi vital para a criação do mito Pelé. Depois de estrear na Copa do Mundo de 1958 com 17 anos, Pelé se machucou no segundo jogo de 1962 e só desempenhou um papel pequeno. Ele voltou a se machucar depois de sofrer faltas persistentes no torneio de 1966 na Inglaterra e ameaçou jamais disputar outra Copa, mas mudou de ideia, decidindo que levar a seleção brasileira à conquista do título em 1970 o consolidaria como uma lenda.
“Se Pelé e o Brasil não vencem em 1970, ele não se torna Pelé e o Brasil não se torna realmente o Brasil”, disse o codiretor David Tryhorn. “Este é o selo de qualidade da identidade de Pelé e da identidade do país”.
O filme de 108 minutos evita comparações com Maradona, Lionel Messi ou Cristiano Ronaldo, três jogadores citados com frequência como rivais de Pelé pelo título de maior jogador da história.
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Ao invés disso, a homenagem se concentra na condição de desbravador de Pelé.
“Sei que houve grandes jogadores antes dele, mas ele foi o verdadeiro pioneiro, ele foi o Elvis, foi o Neil Armstrong”, disse Tryhorn.
Agência Brasil