Política

CPI da Pandemia recorre ao STF sobre anulação da prisão de Roberto Dias

Prisão em flagrante do ex-diretor de Logística do Ministério da Saúde foi anulada pela Justiça do Distrito Federal em 20 de agosto

Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Pandemia recorreu ao Supremo Tribunal Federal (STF) contra a decisão da Justiça do Distrito Federal que anulou a prisão em flagrante de Roberto Dias, ex-diretor de Logística do Ministério da Saúde, durante depoimento prestado em 7 de julho. A ministra Rosa Weber foi escolhida como relatora da ação.

A principal argumentação da CPI é que o julgamento da legalidade ou ilegalidade da prisão não compete a Justiça comum, e solicitam que o tema seja julgado pelo STF.

“Somente após o esgotamento das instâncias ordinárias e muito após a conclusão do inquérito parlamentar venha o STF finalmente assentar se o ato de prisão determinado pela Comissão é ilegal ou não, observou ou não as coordenadas da hermenêutica constitucional assentadas pela Corte”, diz a ação impetrada pela CPI.

A 15ª Vara Federal do Distrito Federal determinou ainda em 20 de agosto a anulação das diligências provenientes de lavratura do auto de prisão e a restituição da fiança paga por Dias de R$ 1.100. Ele foi solto oito horas depois da prisão declarada pelo presidente da CPI, senador Omar Aziz (PSD-AM).

Rosa Weber já havia negado a suspensão dos efeitos da prisão de Dias em 30 de julho. Em sua decisão, à época, a ministra afirmou que não concederia habeas corpus ao ex-diretor “quando não devidamente instruído o feito” e para “dar continuidade à pretensão acusatória do presidente da CPI”.

A razão da prisão em flagrante de Dias foi cometer “perjúrio” ao dizer que não combinou encontro com o policial militar Luiz Paulo Dominghetti, representante da Davati Medical Supply, que ofereceu vacinas ao Ministério da Saúde sem ter procuração do laboratório responsável. Dias teria solicitado propina de US$ 1 por dose para autorizar a compra da vacina da AstraZeneca pelo Ministério da Saúde à época. O ex-diretor de Logística nega as acusações.

Fonte: CNN Brasil

google newa

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Botão Voltar ao topo