Política

Bahia o estado que mais cresceu a participação das pessoas de cor preta

** Em 2012, os que se autodeclaravam pretos representavam 17,3% da população baiana; em 2017, chegaram a 20,9% e, em 2018, já eram 22,9% ou mais de 1 em cada 5 moradores da Bahia, maior participação do país;

** Estado é o único em que as pessoas que se declaram pretas (22,9%) são mais representativas que as autodeclaradas brancas (18,1%);

** População da Bahia foi estimada em 14,8 milhões em 2018, mostrando o 2º menor crescimento do país tanto frente a 2017 (+0,43%) quanto na comparação com 2012 (+2,6%), acima apenas do Piauí em ambos os casos;

**Número de idosos cresce quase 10% em um ano na Bahia e chega a 2,1 milhões em 2018, 14,4% da população. Eram 11,9% em 2012.

** Em 2018, a Bahia tinha o 4º maior percentual de domicílios onde só morava uma pessoa: 855 mil, ou 17,0% do total de residências do estado. Quase 6,0% (5,8%) da população baiana morava só, 3º maior percentual do país;

** Em 2018, a Bahia teve o maior recuo do país no número absoluto de domicílios com coleta de lixo direta (menos 34 mil residências) e passou a ter a 4ª pior cobertura desse serviço (66,8% dos domicílios atendidos).

Em 2018, pouco mais de 1 em cada 5 pessoas que moravam na Bahia afirmava ter cor preta. Ou seja, 3.389.881 baianos se autodeclaravam pretos, representando 22,9% da população do estado, estimada em 14.793.319 pessoas.

Era a segunda maior população de pretos do país em números absolutos, bem pouco abaixo da registrada em São Paulo (3.453.975), estado brasileiro mais populoso. A Bahia era ainda o único estado do país em que as pessoas pretas eram mais representativas na população em geral do que as autodeclaradas brancas (18,1% da população baiana)

Além de ter de longe a maior participação de pretos/as na população total (22,9%), a Bahia foi também o estado em que essa representatividade mais cresceu no Brasil, tanto em relação a 2012 quanto entre 2017 e 2018.

Em 2012, os que se autodeclaravam pretos somavam 2.501.673 pessoas na Bahia, representando 17,3% da população. Era, então, uma participação menor que a dos brancos (19,9% ou 2.873.069), num estado em que os pardos eram franca maioria (62,1% ou 8.958.245).

Essa ordem na distribuição se alterou apenas recentemente, em 2016, quando os pretos se tornaram majoritários em relação aos brancos (20,0% e 17,8% da população, respectivamente), enquanto os pardos, apesar de terem perdido um pouco de participação, ainda superavam a marca de 6 em cada 10 baianos (61,5% da população).

De 2017 para 2018, o percentual de pretos na população baiana subiu de 20,9% para 22,9%, o que representou mais 308 mil pessoas que se autodeclaravam pretas no estado, de um ano para o outro. Em contrapartida, os brancos passaram de 19,2% para 18,1% da população baiana (menos 155 mil, em números absolutos), e os pardos caíram de 59,3% para 58,1% (menos 124 mil pessoas).

Entre 2012 e 2018, a Bahia foi o único estado em que população que se declara preta cresceu (+35,5%) ao mesmo tempo em que os números de pardos (-3,9%) e brancos diminuíram (-6,9%). No país como um todo e na maior parte dos estados, (em 17 das 27 unidades da Federação), as pessoas que se declaravam pretas e as pardas cresceram numericamente, enquanto o total das que se declaravam brancas diminuiu.

Somando-se pretos e pardos (negros), chegava-se, em 2018, a 81,1% da população da Bahia (11,994 milhões de pessoas), segundo maior percentual entre os estados, abaixo e bem próximo do Amapá, onde 81,3% da população se declaravam pardos ou pretos, com forte predominância dos pardos (74,3%).

No país como um todo, os pretos e pardos juntos representavam, em 2018, 55,8% da população (115,965 milhões de pessoas)

População baiana é estimada em 14,8 milhões em 2018, mostrando o 2º menor crescimento do país tanto frente a 2017 (+0,43%) quanto em relação a 2012 (+2,6%)

Em 2018, a população da Bahia foi estimada em 14.793.319 pessoas. Em relação a 2017, quando estimava-se que havia 14.730.620 moradores no estado, o número cresceu apenas 0,4% (mais 63 mil pessoas em um ano). Comparando-se com a população estimada em 2012 (ano inicial da PNAD Contínua), de 14.422.526, o crescimento foi de 2,6% (mais 321 mil pessoas).

Em ambas as comparações, a Bahia teve a segunda menor taxa de crescimento populacional dentre os estados, acima apenas das verificadas no Piauí (0,3% e 1,6%, respectivamente).

O ritmo de aumento da população baiana também foi praticamente a metade do verificado no país como um todo. Em 2018, a população brasileira foi estimada em 207.853.293 pessoas, 0,8% maior que a de 2017 e 5,1% acima da de 2012.

Roraima, Amapá e Amazonas, todos no Norte do país, foram os estados que mais cresceram, tanto entre 2017 e 2018 quanto frente a 2102.Número de idosos cresce quase 10% em um ano na Bahia e chega 2,1 milhões em 2018, 14,4% da população do estado. Eram 11,9% em 2012

Além de aumentar muito pouco de uma forma geral, a população da Bahia tem um crescimento fortemente concentrado entre os idosos, de 60 anos ou mais de idade.

Enquanto o total de moradores do estado cresceu apenas 0,4% de 2017 para 2018, a população de idosos aumentou quase 10% (+9,7%), passando de cerca de 1,9 para 2,1 milhões, o que representou mais 188 mil pessoas de 60 anos ou mais de idade em um ano.

Assim, em 2018, os idosos já representavam 14,4% da população baiana, uma participação razoavelmente superior à de 2012, quando as 1,7 milhão de pessoas de 60 anos ou mais de idade representavam 11,9% dos moradores do estado.

Ainda assim, a percentagem de idosos na Bahia é menor que a média nacional (15,4%) e apenas a 14ª mais elevada. Em 2018, Rio de Janeiro (19,3% de idosos) e Rio Grande do Sul (19,0%) eram os estados mais envelhecidos do país, enquanto as pessoas de 60 anos ou mais de idade não chegavam a 10% da população de Roraima (8,3%) e do Amapá (9,0%).Bahia tem 4º maior percentual de domicílios onde só mora uma pessoa (17,0%)

O envelhecimento da população baiana está, de certa forma, ligado também a um outro fenômeno: o aumento dos domicílios unipessoais, ou seja, onde só mora uma pessoa.

Em 2018, a Bahia tinha o 4º maior percentual de residências onde só vivia uma pessoa: 17,0% dos pouco mais de 5 milhões de domicílios do estado eram unipessoais. Nesse indicador, a Bahia só ficava abaixo de Rio de Janeiro (19,7% dos domicílios eram unipessoais), Rio Grande do Sul (18,2%) e Alagoas (17,2%).

Em números absolutos, 855 mil baianos moravam sozinhos em 2018, o que representava quase 6% da população do estado (5,8%). Era o 3º maior percentual de pessoas morando sozinhas, dentre os 27 estados brasileiros, abaixo apenas dos verificados no Rio de Janeiro (7,3%) e no Rio Grande do Sul (6,8%), os dois estados que têm as populações mais envelhecidas do país.

No Brasil como um todo, em 2018, 15,5% dos domicílios, ou cerca de 11 milhões de residências, eram unipessoais, o que equivalia a 5,3% da população morando sozinha.Bahia tem maior recuo do país no número absoluto de domicílios com coleta de lixo direta e passa a ter a 4ª pior cobertura desse serviço

No ano passado, a cobertura domiciliar da coleta direta de lixo (porta a porta) recuou na Bahia. Em 2017, 3,388 milhões de domicílios eram atendidos pelo serviço no estado, número que caiu para 3,354 milhões em 2018, uma retração de 1,0% que representou menos 34 mil residências.

A diminuição, em números absolutos, de domicílios com coleta direta de lixo na Bahia (-34 mil) foi a maior do país e fez o estado passar a ter a 4ª pior cobertura domiciliar do serviço. Em 2018, 66,8% das residências baianas eram atendidas pela coleta de lixo direta, percentual só maior que os encontrados no Maranhão (51,2%), Rondônia (63,4%) e Tocantins (66,3%).

No país como um todo, 83,0% dos domicílios tinham coleta direta de lixo em 2018. A cobertura domiciliar desse serviço ficava em torno de 90% em São Paulo (93,9%), Rio de Janeiro (89,5%) e no Paraná (89,2%).

Na Bahia, ente 2017 e 2018, cresceu o atendimento de coleta de lixo por caçamba, de 14,2% para 17,7% dos domicílios (704 mil para 889 mil em números absolutos). O percentual de residências que queimavam o lixo no próprio terreno também recuou no estado, de 15,8% em 2017 para 13,8% em 2018. Essa solução ainda era adotada, porém, por 692 mil domicílios baianos, numa proporção muito maior que a do país como um todo, onde 7,5% dos domicílios queimavam seu lixo.

O abastecimento de água por rede geral praticamente não avançou na Bahia, entre 2017 e 2018. Embora o número absoluto de domicílios atendidos por água encanada tenha tido um leve aumento, de 4,218 milhões para 4,243 milhões de um ano para o outro, não foi suficiente para elevar o percentual de cobertura do serviço, que teve uma discreta variação negativa, de 84,9% para 84,5% das residências.

No Brasil como um todo, 85,8% dos domicílios eram atendidos por rede geral de água em 2018 (cerca de 61 milhões).

Dos serviços de saneamento básico, o único que ampliou um pouco sua cobertura na Bahia foi a coleta de esgoto por rede geral ou fossa séptica ligada à rede. Em 2018, 56,5% dos domicílios baianos tinham o esgoto coletado dessa forma (2,838 milhões em números absolutos), frente a 55,8% em 2017 (2,775 milhões).

Embora seja o serviço de saneamento básico com menor cobertura no estado e esteja abaixo da média nacional (66,3% dos domicílios brasileiros estão de alguma forma conectados à rede de esgoto), a Bahia tem o maior percentual de atendimento do Norte-Nordeste.

Dentre os estados, São Paulo         (92,6%), Rio de Janeiro (88,3%) e Distrito Federal (87,3%) lideram nesse indicador


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