Saúde

Saiba como diagnosticar e tratar a asma que pode ser fatal

Veja como diagnosticar e tratar a doença que acomete cerca de 20 milhões de brasileiros, sendo responsável por altos índices de internações e óbitos

De acordo a Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia (SBPT), cerca de 20 milhões de brasileiros são asmáticos. A baixa umidade do ar, a variação climática e o aumento das infecções virais no período favorecem o aumento das crises, podendo levar o paciente a ser internado. “Trata-se de uma doença sem cura e que precisa ser levada a sério”, alerta a Dra. Priscila Osório, alergologista do Grupo Fleury,  detentor da Diagnoson a+ na Bahia. 

A asma é caracterizada por falta de ar, sibilos (assobios agudos durante a respiração), tosse e dor no peito decorrentes de inflamação e obstrução dos brônquios. “A asma alérgica é a mais comum, principalmente, nas crianças. Ela é desencadeada por alérgenos inalantes como ácaros, pólens e fungos. Exercícios físicos, infecções respiratórias e medicamentos estão entre outras possíveis causas. A asma não alérgica é aquela onde não há alérgenos inalantes como desencadeantes, sendo a mais comum a chamada asma eosinofílica”, explica. 

Diagnóstico e tratamento 

O diagnóstico da doença começa com avaliação clínica e exame físico. Posteriormente, podem ser necessários exames como a espirometria e testes alérgicos para demonstrar a presença da alergia como causa. 

De acordo com a especialista, existem dois tipos de tratamento para a asma e a escolha entre eles vai depender da classificação da doença: o tratamento de crise, quando na maioria das vezes faz-se o uso de broncodilatadores; e o tratamento de controle, quando se faz necessário o uso de medicamento por período mais prolongado entre as crises, a fim de tentar manter o paciente mais tempo assintomático e com a doença sob controle. 

“Hoje em dia tem surgido também novos tratamentos para casos mais graves e esses devem ser avaliados de forma individualizada”, comenta a médica.  

Segundo o Dr. João Salge, pneumologista do Grupo Fleury, o tratamento é fundamental para o controle dos sintomas, o que provê ganho de qualidade de vida e  reduz o absenteísmo no trabalho e na escola. 

“Além disso, o bom controle evita o risco de remodelamento brônquico, que é um fenômeno de modificação estrutural das vias aéreas (que ficam mais espessas com o tempo em virtude dos ciclos acumulados de inflamação), gerando perda progressiva da função respiratória”, explica. 

Após o diagnóstico e a descoberta da causa, deve-se evitar o fator causal. Se a doença for de origem alérgica, por exemplo, é preciso manter os ambientes limpos e arejados. “A boa adesão ao tratamento, seguindo corretamente as orientações médicas, também é importante para evitar novas crises. Ao reconhecer o início de uma crise, caso necessário, procure atendimento o quanto antes para evitar a progressão para quadros mais graves”, acrescenta Dra. Priscila. 

A asma é uma doença potencialmente grave que pode levar à morte. Sendo assim, é fundamental que o tratamento seja cumprido de forma correta e contínua. “Apesar de ser uma doença crônica e sem cura, o tratamento atual é bastante eficaz e pode melhorar muito a qualidade de vida do paciente”, conclui. 

Sobre a questão da prevenção, Dr. João Salge explica que é fundamental a higiene ambiental. “Deve-se evitar tudo que acumula poeira como tapetes, carpetes, cortinas. Além disso, é preciso deixar os ambientes arejados com bastante iluminação natural e adotar medidas para a prevenção de infecções respiratórias,” alerta. 

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