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Psicóloga fala da vulnerabilidade da mulher em tempos de isolamento

Psicóloga alerta para o aumento da violência doméstica durante a pandemia

O isolamento social tem obrigado pessoas do mundo inteiro a permanecerem em suas residências como forma de conter o avanço do novo coronavírus. Para uns, isso traz um conforto de estarem protegidos, porém, para milhares de mulheres, a realidade é outra. A insegurança e o medo também estão dentro de casa. Segundo o Disque 180, do Ministério da Mulher, Família e Direitos Humanos, ocorreu um aumento de 54% nas denúncias de violência doméstica no estado da Bahia do mês de março até o dia 19 de abril.

Segundo a psicóloga e professora da UNINASSAU – Centro Universitário Maurício de Nassau Salvador, Helen Copque, durante o isolamento, as mulheres encontram-se mais vulneráveis. “Para as mulheres que sofrem violência, seja física e/ou psicológica, o ambiente familiar é o principal local de ocorrência. A casa não é o porto seguro, ao contrário, é sinônimo de prisão e tortura. Estar mais presente em casa é estar mais vulnerável à violência”, explicou.

A psicóloga ainda cita o aumento das denúncias. “O isolamento tende a elevar sentimentos de ansiedade, impotência, fragilidade e insegurança nas pessoas. Os agressores não são imunes a esses efeitos. O ponto é que os agressores, além de não saberem lidar com as próprias emoções são nutridos por ideias e crenças machistas. Para a maior parte desses homens é ‘natural’ depositar suas frustrações nas companheiras”, avaliou.

Em muitos locais do país, os flagrantes policiais aumentaram pelas denúncias dos vizinhos. Para esse fato, a docente acrescenta que medidas de sensibilização da vizinhança precisam ser realizadas pelas autoridades. “Se aumentarmos a conscientização de que violência a vulneráveis é um problema de toda a sociedade, aumentaremos os sistemas de vigilância e denúncia”, concluiu.

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