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Setor de Telesserviços prevê desemprego com a reoneração da folha

O Setor de Teleserviços no Brasil desempenha um papel significativo como empregador, com mais de 80% dos custos operacionais das empresas destinados à folha de pagamento. Apesar do aumento na adoção de tecnologia pelas empresas contratantes, os dados do CAGED indicam um saldo positivo na geração de empregos, com mais de 13.000 novos postos de trabalho criados nos últimos cinco anos e 1.356 apenas em 2024 (janeiro e fevereiro) no país.

É importante destacar que na região Nordeste, o saldo foi positivo em 27.892 postos de trabalho, sendo 2.281 nos primeiros dois meses de 2024. Esses números demonstram a capacidade do setor de retirar indivíduos de programas sociais, como o Bolsa Família, e inseri-los no mercado de trabalho.

Para o ano 2024, o Sindicato das Empresas de Contact Center no Estado de SP reajustaram o piso da categoria em 6,97% e 4,20% para as demais faixas salariais, contra uma inflação de 3,71%. No vale-refeição e vale-alimentação a convenção prevê 10% de reajuste, perfazendo uma média de ganho real de 7,39% ao trabalhador, muito acima da inflação.

A convenção atinge cerca de 100 mil profissionais na capital de São Paulo, Campinas e Região. O segmento emprega 70% de mulheres e negros e se destaca pela contratação de jovens no primeiro emprego e pessoas do grupo LGBTQIA+.

A convenção coletiva prevê ainda o reconhecimento da união homoafetiva de cônjuges do trabalhador da empresa e apoia a Lei Maria da Penha ao assegurar o afastamento da mulher em situação de violência doméstica pelo período de até 15 dias, utilizando a concessão do banco de horas negativo ou outras políticas mais benéficas. A curto, médio e longo prazos, o setor prevê uma redução na empregabilidade e uma aceleração nos processos de automação e adoção de inteligência artificial. Essas medidas são vistas como essenciais para manter empregos e gerar lucratividade, embora isso possa reduzir a posição do setor como grande empregador.

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