Saúde

O que você precisa saber no Dia Mundial de Combate às Hepatites

Dia Mundial da Luta contra as Hepatites Virais, celebrado em 28 de julho, chama atenção para os riscos da doença e a importância do diagnóstico precoce

O fígado é responsável por cumprir importantes funções: produzir as principais proteínas do organismo, armazenar e liberar glicose e neutralizar substâncias tóxicas absorvidas pelo intestino, promovendo uma verdadeira desintoxicação. Para mantê-lo em dia é preciso ficar alerta e perceber quando algo vai mal. Entre as principais doenças que podem acometê-lo estão as hepatites virais.  

As hepatites se caracterizam pela inflamação do fígado, que pode ser aguda ou crônica, sendo as mais comuns as hepatites provocadas pelos vírus A,  B e C. Existem ainda, com menor frequência, o vírus da hepatite D (mais comum na região Norte do País) e o vírus da hepatite E, que é pouco presente no Brasil, sendo encontrado principalmente na África e na Ásia. 

Do ponto de vista clínico, as hepatites podem ser assintomáticas e passar despercebidas ou apresentar sintomas gerais, como mal-estar, náuseas, cansaço físico e perda de apetite. Nos quadros mais clássicos ocorre fezes esbranquiçadas, urina escurecida e coloração amarelada (icterícia) da pele e dos olhos. 

“A recomendação é agir de forma preventiva, conhecendo as formas de transmissão dessas doenças e por meio da aplicação de vacinas que estão disponíveis para as hepatites A e B”, destaca a gastrohepatologista da Diagnoson a+, Dra. Virgínia Figueiredo. 

Como pega? 

O vírus A é contraído pela ingestão de água e alimentos contaminados ou transmitido de uma pessoa infectada para outra, em decorrência da falta de cuidados básicos de higiene, uma vez que o vírus é excretado pelas fezes. 

Já os vírus B e C são adquiridos pelo contato com secreções e sangue de indivíduos contaminados, como no caso de compartilhamento de seringas entre usuários de drogas injetáveis, objetos de manicure ou transfusão de sangue contaminado. No caso da hepatite B, a principal forma de contaminação é pelo contato sexual, sendo ela considerada uma Infecção Sexualmente Transmissível (IST).  

A médica explica que a hepatite A não provoca infecção crônica e que a doença se resolve em poucas semanas. Com as hepatites B e C a história é diferente: há a possibilidade da doença se tornar crônica, ou seja, a pessoa pode permanecer com o fígado continuamente inflamado, demandando tratamento medicamentoso para evitar a evolução para cirrose ou câncer hepático. 

Como prevenir? 

É importante adotar condutas responsáveis no dia a dia. No caso da hepatite A, a melhor maneira de evitar a doença é melhorando as condições de higiene e saneamento básico. Já nas hepatites B e C é recomendável evitar compartilhar objetos de uso pessoal, como escova de dentes, utensílios de manicure e barbeadores de forma geral. Outras boas práticas são: se for fazer tatuagens e piercings, escolher lugares que utilizam materiais descartáveis e sejam bem recomendados no quesito higiene e, por fim, utilizar sempre camisinha durante as relações sexuais.  

A vacina contra hepatite A faz parte do calendário infantil, com uma dose aos 15 meses de idade. A vacina contra a hepatite B faz parte do calendário de vacinação da criança, do adolescente e do adulto e está disponível pelo SUS. Além disso, todo recém-nascido deve receber a primeira dose logo após o nascimento, preferencialmente nas primeiras 12 horas de vida.  

Como saber se tenho hepatite? 

O diagnóstico é feito a partir da realização de exames laboratoriais específicos para pesquisar no sangue a presença de marcadores (antígenos e anticorpos) contra os diferentes vírus que causam a inflamação no fígado. Nas infecções crônicas, devem ser realizados exames para a quantificação do vírus. 

Como as infecções pelos vírus B e C podem ser silenciosas, é recomendado que todas as pessoas realizem testes para descobrir se são portadoras ou não, prevenindo assim a evolução e a disseminação da doença. 

Qual o tratamento? 

“Somente um especialista pode indicar o tratamento adequado para cada paciente. Mas, em linhas gerais, a hepatite A se resolve espontaneamente em algumas semanas, sem a necessidade de qualquer medicamento. Já as hepatites B e C, quando se tornam crônicas, necessitam de tratamentos específicos com medicamentos antivirais”, explica a Dra. Virgínia. 

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